sábado, 11 de julho de 2009

Refúgio imaginário


Pintei um simples quadro
Para ser o meu refúgio
Toda vez que o olho
Me transporto para lua
E de lá
Mergulho no mar
Como não pintei as ondas
Fico a boiar
Tranquilamente
Como o som beijando
O silêncio
Surge um pequeno barco
Branco e velho
E me faz velejar
Com seu capitão
Vento
E com sua tripulação
Solidão
Adormeci e fiquei assim
Como a leveza
Do cair de uma folha
E despertei
Quando o barco
Bateu em uma pedra
Olhei a minha volta
O mar já não era
Tão imenso
E tinha me levado
Para companhia
De enormes e antigas
Árvores
Chamadas
Saudades

Jana Tavares

Nenhum comentário:

Postar um comentário