Tenho me relido muito ultimamente
Falta criatividade para ler coisas novas dentro do meu ser
Falta a falta de tudo que habitava nos meus poros
E fazia estremecer minha alma
E relampejar meus céus interiores
No meio da avenida e nas veias vitais
Estou de pé com o olhar pro alto
Meus joelhos imploram os chãos
Mas faço de minhas pernas rochas
Firmes e esticadas
Caminham por conta própria
Muitos homens secos por dentro
...
Escuto
Faço-me seca agora?
Acho que transborda calor
E sede
Sede de papel
De tinta
De ar
De palco
De algo
Do nada
Jana Tavares
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Onde estou?
Tenho me relido muito ultimamente
Falta criatividade para ler coisas novas dentro do meu ser
Falta a falta de tudo que habitava nos meus poros
E fazia estremecer minha alma
E relampejar meus céus interiores
No meio da avenida e nas veias vitais
Estou de pé com o olhar pro alto
Meus joelhos imploram os chãos
Mas faço de minhas pernas rochas
Firmes e esticadas
Caminham por conta própria
Muitos homens secos por dentro
...
Escuto
Faço-me seca agora?
Acho que transborda calor
E sede
Sede de papel
De tinta
De ar
De palco
De algo
Do nada
Jana Tavares
Falta criatividade para ler coisas novas dentro do meu ser
Falta a falta de tudo que habitava nos meus poros
E fazia estremecer minha alma
E relampejar meus céus interiores
No meio da avenida e nas veias vitais
Estou de pé com o olhar pro alto
Meus joelhos imploram os chãos
Mas faço de minhas pernas rochas
Firmes e esticadas
Caminham por conta própria
Muitos homens secos por dentro
...
Escuto
Faço-me seca agora?
Acho que transborda calor
E sede
Sede de papel
De tinta
De ar
De palco
De algo
Do nada
Jana Tavares
Meu sertão
Por onde anda
A poesia do sertão da minha alma?
Trovejando como paixões enfurecidas?
Não planto por aqui
É em vão como o vão de si
Preciso da terra seca
Para lembrar de partir
Regando a saudade
Que broto no pouco que ainda
Há em mim e de mim
Na ilusão do cantar
Dos homens secos
Vendemos nossas lágrimas
Para ajudar a plantar seres humanos
Esse seguir a estrada velha
Da ilusão
É divino como nossos calos
Nas mãos
E nos corações.
Jana Tavares
terça-feira, 24 de maio de 2011
Engarrafamento
Na garrafa
Uma dose de álcool
Não importa a marca
Da bebida que desce
Parecendo ser sólida
E a barba
“Mal alimentada”
Tem cheiro
De depressão
Engarrafa a alma
O trabalhador
Essa cana
Sai a passeio
Carrega pessoas
Para cá e para lá
E até para o outro mundo
Meu senhor.
Cada rosto
Um traço com histórias
Em cada esquina de suas pálpebras
Um tempo que se faz presente
No passado do instante
Cada poeira
Fina ou grossa
Que sai de nossas
Pernas substitutas
Tosse para fora
O caminho percorrido
São números
Cores
Formas
Vozes
Descontentamentos
Por conta do
Engarrafamento
Que conta
Suas contas
De água, luz, telefone
Sua fome
Seu atraso
Não adianta
Ter pressa
A vida não foge
Da gente, mulher!
De um lado
Papelões flutuantes
Do outro
Impaciência feminina
E os pés inquietos
Que dá agonia
Dentro
Um lápis trabalhando
As controvérsias
Fora
Um tudo
E um todo
Que não sabe viver a vida
E nessa longa pequena avenida
Sentimos
Apenas as idas!
Jana Tavares
Vaga lume
Vagando
No vagamente anunciado
Como um vagabundo
Vaga vago
Pelos fundos do mundo
Nos becos sóbrios
De realidade
Vagando
Andando desesperado
Arrastando sua alma pelo chão
Menos sujo que a sua ilusão
Dorme nos vãos e vagões
Não há disposição
E a posição
É a mesma
Na vertical
Seca e parada
Trágico na sua existência
Desejando ser um vaga
Lume
Jana Tavares
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