sábado, 3 de dezembro de 2011
Falante
Alto falante
Fala alto
Do alto
E auto
Consigo
Buscando ser escutado
Primeiramente por si
Mas nas alturas
Fica perto de sua cabeça
Que anda nas nuvens
Como diria sua avó
Grita para dentro de si
Pede perdão aos céus
Surdos
Surdos falantes
Assim como é surdo
Seu coração!
Jana Tavares
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Sem título
Eu te amo
E te amo
De todos jeitos
De todos os lados
Com todos os pesos
Com toda altura
Intensa de amar
Amar e te amar
São combustíveis
Da minha alma
São
Faladas e pensadas
É o meu tudo
E o meu nada
Sou eu do avesso
Desordenada e apaixonada!
E te amo
De todos jeitos
De todos os lados
Com todos os pesos
Com toda altura
Intensa de amar
Amar e te amar
São combustíveis
Da minha alma
São
Faladas e pensadas
É o meu tudo
E o meu nada
Sou eu do avesso
Desordenada e apaixonada!
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Vaz io
Vazio
A morte nos esvazia
Deixa-nos um vazio
Ou deixa-nos cheios?
Cheios de saudade
Cheios de amargura
Cheios de vazios
Com vazios cheios
De tudo um pouco
E de nada um pouco
Jana Tavares
A morte nos esvazia
Deixa-nos um vazio
Ou deixa-nos cheios?
Cheios de saudade
Cheios de amargura
Cheios de vazios
Com vazios cheios
De tudo um pouco
E de nada um pouco
Jana Tavares
Sou
Eu sou um ponto de exclamação
Quando acordo
Eu sou uma interrogação
Durante o dia
E eu sou um ponto final
Quando durmo.
Jana Tavares
Quando acordo
Eu sou uma interrogação
Durante o dia
E eu sou um ponto final
Quando durmo.
Jana Tavares
terça-feira, 28 de junho de 2011
Ela, eu?
Andando no fundos corredores
Da casa que mora meu ser
Encontro rachaduras e mofo
Gritando o meu querer
Seca a dor e tire a alma do varal
Arrume o cabelo
Antes de ir pular o carnaval
Varrendo a poeira parente do tempo
Vem a lembrança
Da fogueira
E do vento
Vento que sopra devagar
Vento que me faz embarcar
E desandar
Esquenta a vida no fogão
Chora como quem quer voar
Cada lágrima ajuda no tempero
Coloca a solidão para o jantar
Presentes do Universo
Como rugas
Fazendo com que reformemos a casa!
Jana Tavares
quinta-feira, 23 de junho de 2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Somos
QUAL SERÁ O NOSSO INSTANTE?
NÃO SOMOS ALEGRES
NÃO SOMOS TRISTES
SOMOS FOLHAS AMASSADAS
RASCUNHOS DO TEMPO
O APERFEIÇOAMENTO DO RESPIRAR
ENTRE LINHAS
FRIOS COMO NOSSAS MADRUGADAS
CAPRICHOS DOS CORPOS EM CHAMAS
O SILÊNCIO DO CANTAR DE NOSSA MORADA
SOMOS
A HARMONIA DAS PALAVRAS
QUE EXPLODEM QUANDO NOS TOCAMOS
NÃO SOMOS POETAS
SOMOS A PRÓPRIA POESIA
QUE NASCE
GRITA
CHORA
SE FAZ COMO VIDA
E JAMAIS MORRE
AQUELA QUE UNE
QUE SE FAZ PONTE
E NADA MAIS
JANA TAVARES
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Canto
Seco
Está tudo seco
Como um concreto
Como os construtores
Dos edifícios
Está tudo seco
Lavamos as roupas com o suor
Moramos em cima da esperança
E nos cobrimos com a sede
Está tudo seco
A terra
O céu
O ar
E nossos corações
Está tudo seco
Os calos nos pés
E nas mãos
A pele da face
A entrada da solidão
Está tudo seco
Como o eco
Como o gesto
E o olhar
Está tudo seco
Está seca a voz
O paladar
E o sonhar
Jana Tavares
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Onde estou?
Tenho me relido muito ultimamente
Falta criatividade para ler coisas novas dentro do meu ser
Falta a falta de tudo que habitava nos meus poros
E fazia estremecer minha alma
E relampejar meus céus interiores
No meio da avenida e nas veias vitais
Estou de pé com o olhar pro alto
Meus joelhos imploram os chãos
Mas faço de minhas pernas rochas
Firmes e esticadas
Caminham por conta própria
Muitos homens secos por dentro
...
Escuto
Faço-me seca agora?
Acho que transborda calor
E sede
Sede de papel
De tinta
De ar
De palco
De algo
Do nada
Jana Tavares
Falta criatividade para ler coisas novas dentro do meu ser
Falta a falta de tudo que habitava nos meus poros
E fazia estremecer minha alma
E relampejar meus céus interiores
No meio da avenida e nas veias vitais
Estou de pé com o olhar pro alto
Meus joelhos imploram os chãos
Mas faço de minhas pernas rochas
Firmes e esticadas
Caminham por conta própria
Muitos homens secos por dentro
...
Escuto
Faço-me seca agora?
Acho que transborda calor
E sede
Sede de papel
De tinta
De ar
De palco
De algo
Do nada
Jana Tavares
Onde estou?
Tenho me relido muito ultimamente
Falta criatividade para ler coisas novas dentro do meu ser
Falta a falta de tudo que habitava nos meus poros
E fazia estremecer minha alma
E relampejar meus céus interiores
No meio da avenida e nas veias vitais
Estou de pé com o olhar pro alto
Meus joelhos imploram os chãos
Mas faço de minhas pernas rochas
Firmes e esticadas
Caminham por conta própria
Muitos homens secos por dentro
...
Escuto
Faço-me seca agora?
Acho que transborda calor
E sede
Sede de papel
De tinta
De ar
De palco
De algo
Do nada
Jana Tavares
Falta criatividade para ler coisas novas dentro do meu ser
Falta a falta de tudo que habitava nos meus poros
E fazia estremecer minha alma
E relampejar meus céus interiores
No meio da avenida e nas veias vitais
Estou de pé com o olhar pro alto
Meus joelhos imploram os chãos
Mas faço de minhas pernas rochas
Firmes e esticadas
Caminham por conta própria
Muitos homens secos por dentro
...
Escuto
Faço-me seca agora?
Acho que transborda calor
E sede
Sede de papel
De tinta
De ar
De palco
De algo
Do nada
Jana Tavares
Meu sertão
Por onde anda
A poesia do sertão da minha alma?
Trovejando como paixões enfurecidas?
Não planto por aqui
É em vão como o vão de si
Preciso da terra seca
Para lembrar de partir
Regando a saudade
Que broto no pouco que ainda
Há em mim e de mim
Na ilusão do cantar
Dos homens secos
Vendemos nossas lágrimas
Para ajudar a plantar seres humanos
Esse seguir a estrada velha
Da ilusão
É divino como nossos calos
Nas mãos
E nos corações.
Jana Tavares
terça-feira, 24 de maio de 2011
Engarrafamento
Na garrafa
Uma dose de álcool
Não importa a marca
Da bebida que desce
Parecendo ser sólida
E a barba
“Mal alimentada”
Tem cheiro
De depressão
Engarrafa a alma
O trabalhador
Essa cana
Sai a passeio
Carrega pessoas
Para cá e para lá
E até para o outro mundo
Meu senhor.
Cada rosto
Um traço com histórias
Em cada esquina de suas pálpebras
Um tempo que se faz presente
No passado do instante
Cada poeira
Fina ou grossa
Que sai de nossas
Pernas substitutas
Tosse para fora
O caminho percorrido
São números
Cores
Formas
Vozes
Descontentamentos
Por conta do
Engarrafamento
Que conta
Suas contas
De água, luz, telefone
Sua fome
Seu atraso
Não adianta
Ter pressa
A vida não foge
Da gente, mulher!
De um lado
Papelões flutuantes
Do outro
Impaciência feminina
E os pés inquietos
Que dá agonia
Dentro
Um lápis trabalhando
As controvérsias
Fora
Um tudo
E um todo
Que não sabe viver a vida
E nessa longa pequena avenida
Sentimos
Apenas as idas!
Jana Tavares
Vaga lume
Vagando
No vagamente anunciado
Como um vagabundo
Vaga vago
Pelos fundos do mundo
Nos becos sóbrios
De realidade
Vagando
Andando desesperado
Arrastando sua alma pelo chão
Menos sujo que a sua ilusão
Dorme nos vãos e vagões
Não há disposição
E a posição
É a mesma
Na vertical
Seca e parada
Trágico na sua existência
Desejando ser um vaga
Lume
Jana Tavares
Assinar:
Postagens (Atom)